16 de outubro de 2013

Segredo da Oração Modelo

"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso"

No Evangelho judaico que Mateus escreveu, temos o registro de uma oração que o Mestre ensinou aos seus discípulos. Alguns fazem desta oração uma reza rotineira- respeito a liberdade religiosa- mas tenho meus posicionamentos dissociável desta posição.  No mesmo texto ele adverte aos seus discípulos:

"E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos."

     Penso ser mais coerente interpretar esta oração como uma oração "modelo", visto que os princípios e mesmo segredos que estão contidos nela, trazem para nós grandes lições e ensinamentos.
O primeiro deles é o modo pelo qual o Messias nos ensina como devemos nos dirigir ao Criador.
A discussão em torno da pessoa de Deus é infinita. Por exemplo, temos os deístas que acreditam em um"deus" impessoal, distante e indiferente donde se deduz que, o mesmo, nada mais é que o "princípio originário". Temos ainda o "deus" dos filósofos gregos que pode ser compreendido e explicado pela racionalidade, mas este "deus" é racional demais, desprovido de sentimentos que alcancem o ser humano a ponto de se importar ou preocupar com ele. Poderíamos definir como um "deus" que só assiste a história mas não interfere ou mesmo participa dela, em síntese (uma vez que a questão e muito mais complexa) este tipo e/ou modelo de "deus" é indiferente e distante quanto a criação.

     Mas o Deus revelado através do Messias não tem qualquer semelhança com estes tipos de "deus". Na realidade é exatamente o oposto: É um Deus pessoal e que age pessoalmente na história, se manifestando como o Criador por excelência (Gênesis 1-2). O Deus presente que se revela ao homem (Gênesis 12). O Deus pessoal que se interfere na história de seu povo (Êxodo 1-19). O Deus que amou o mundo e expressou este amor (João 3.16). O Deus que escreveu e tem o controle de toda a história: passado, presente e futuro (Apocalipse 1-22).Este Deus é a quem o Messias ensinou seus discípulos a orarem. Quando nos voltássemos a Ele em oração, não deveríamos ver n'Ele um Criador distante e indiferente para com a sua criatura, mas sim um "Abba" palavra oriunda do grego que significa: Pai ou Papai. Isto é muito interessante! Se outrora éramos tido com criatura, pela fé no Messias de Israel que também se fez Salvador dos Gentios chegamos a condição de Filhos de Deus (Ver. João 1.11-12). Favor maravilhoso nos concedeu o Senhor, pela fé chegar a condição de Filho e a importância desta revelação está no fato de que se podemos nos achegar a Deus como filhos, nos achegamos como co-herdeiros pela fé, leiamos Paulo aos Romanos para parafrasear:

"E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados." (Romanos 8.17) 


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